marcelo martins

O movimento governista por ganho de espaço na Câmara

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Se o passado serve para trazer aprendizado, o segundo mandato do prefeito de Santa Maria, Jorge Pozzobom (PSDB), caminha nessa direção. Isso porque o tucano mostra, por meio de articulação política, que quer uma base minimamente representativa - e, se der, robusta - dentro do Legislativo. A efeito de comparação no começo do primeiro mandato, em 2017, Pozzobom tinha 16 vereadores na bancada governista. Hoje, são quatro. Deste total, três são do PSDB e um é do DEM.

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Acontece que, na última sexta-feira, o Executivo municipal conseguiu a adesão do Republicanos ao bloco governista. Com isso, Pozzobom terá o reforço de mais dois vereadores para ajudar nas demandas da prefeitura, são eles: Alexandre Vargas e Getúlio de Vargas. O primeiro foi o vereador mais votado do pleito passado com 2,6 mil votos, que emplacou o segundo mandato. Já Getúlio de Vargas, conhecido nome da Polícia Federal (PF) onde atuou como delegado, é estreante na Câmara. Além do acréscimo dos dois vereadores, Alexandre Vargas (foto) será o líder do governo Pozzobom no Legislativo.

Servidor concursado há mais de duas décadas da prefeitura, Alexandre Vargas tem bom trânsito dentro do Legislativo e já presidiu a Casa. Além disso, é conhecido por ser aberto ao diálogo. Ligado à Igreja Evangélica, o vereador também utilizou, no ano passado, as redes sociais para ajudar na disseminação de informações que esclarecessem a população quanto ao funcionamento do auxílio-emergencial.

O movimento, iniciado dentro do governo tucano, é uma reposta ao grupo dos 11, que faz oposição à gestão Pozzobom. Nesta conta, que deveria ser lógica, a administração municipal poderia ter um sétimo nome na bancada governista: o do radialista Tony Oliveira (PSL). Ele, aliás, que é do mesmo partido do vice-prefeito, Rodrigo Decimo, mas Tony, pelo que os governistas dizem, nunca fez campanha a Pozzobom. O comunicador faz franca oposição no mandato e na rádio.

Prova que, a exemplo do passado, boa parte dos radialistas tentam se cacifar para disputar a prefeitura. Ainda que seja prematuro afirmar qualquer coisa, Tony não foge ao padrão.

RECORDAR

Em 2017, na disputa ao segundo turno à prefeitura, entre Pozzobom (PSDB) e Valdeci Oliveira (PT), Alexandre Vargas foi apoiador do petista. Prova que a política é dinâmica.

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